A Unificação da data-base de toda a categoria bancária em 1º de setembro representava o crescimento das lutas por melhores condições de trabalho, melhores salários, mas, sobretudo, esboçava a construção da unidade dos bancários, crucial na conquista de novos direitos ano a ano.
A tão sonhada unidade nacional da categoria foi conquistada a partir de intensas mobilizações históricas. Nascia, em junho de 1985, no Encontro Nacional dos Bancários, no Rio de Janeiro, a Comissão Nacional de Negociações, formada por sindicatos, federações e a Contec, que reunia as principais tendências políticas do movimento.
Às vésperas da primeira grande greve nacional dos bancários, era fundado, no dia 6 de junho, de 1985, o Departamento Nacional dos Bancários da CUT (DNB-CUT). A histórica greve da categoria, depois do golpe militar de 1964, ocorrida nos dias 11 e 12 setembro de 1985, foi aprovada no Encontro Nacional dos Bancários, realizado no ginásio do Guarani, em Campinas, no dia 31 de agosto de 1985. O Encontro reuniu 10 mil bancários.
No avanço da unidade nacional, o DNB-CUT, em 1991, apresenta à Fenaban a Minuta Mínima Unificada, com as reivindicações dos bancários de todos os bancos, e no ano de 1992, assina a primeira Convenção Nacional dos Bancários.Exemplo de organização para trabalhadores brasileiros e de outros países, os bancários estão entre as poucas categorias, até hoje, que conseguiram conquistar uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional.
Nos últimos 12 anos, unidade nacional e determinação asseguraram 20,83% de ganho real nos salários, 42,3% nos pisos e 26,3% nos vales. Entre tantas outras conquistas, como a primeira Convenção Nacional com a participação dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa, em 2005.