O Sindicato dos Bancários de Macaé e Região realizou na manhã de hoje um importante "Dia de Luta" nas agências do Banco Santander em sua base territorial. O ato integra uma mobilização nacional da categoria e tem como foco a denúncia da intensa precarização das condições de trabalho e a ameaça à categoria bancária promovida pela instituição financeira.
O protesto acontece em um momento de resultados financeiros recordes. Dados recentes apontam que o Santander Brasil registrou um lucro líquido gerencial de aproximadamente R$ 13,9 bilhões em 2024. Sendo que 90% desses valores é remetida para grupos internacionais, principalmente na Espanha e Holanda.
Agressividade na Gestão e Adoecimento em Série
Apesar do lucro colossal, o Sindicato de Macaé reforça a denúncia de que o Santander adota uma política de redução de custos "extremamente agressiva", que tem custado a saúde dos empregados:
Metas Abusivas e Adoecimento
A pressão contínua por metas inatingíveis tem levado a um quadro crescente de adoecimento físico e mental, incluindo casos de Síndrome de Burnout e outros distúrbios, como apontado nas mobilizações regionais. O ambiente de trabalho se torna insustentável.
Redução do Quadro e Terceirização
O banco tem reduzido o número de bancários efetivos com demissões e fechamento de agências. Em contrapartida, intensifica a contratação de terceirizados para funções essenciais. Essa prática é duramente criticada pelo Sindicato como uma fraude trabalhista que visa reduzir a despesa com direitos e obrigações da categoria bancária.
O "Dia de Luta" realizado em Macaé e região serviu para conscientizar a população e a própria base de trabalhadores sobre o contraste entre o lucro bilionário e as péssimas condições de trabalho. O movimento exige que o Santander reveja seu modelo de gestão, priorize a saúde dos funcionários e cesse a política de precarização.
SEEB/MR