“Frente aos atuais ataques contra a democracia, às instituições do Estado, o patrimônio público, ao exercício da liberdade e da cidadania e, principalmente, aos direitos sociais e trabalhistas, defendemos a intensificação da organização e da mobilização da classe trabalhadora na resistência contra a ascensão do pensamento golpista de cunho fascista e do neoliberalismo, que atentam contra as garantias democráticas e sociais.”
Este é o primeiro parágrafo da resolução em “defesa da democracia plena e contra os ataques aos direitos do povo brasileiro”, aprovada pelos delegados e delegadas da 23ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorreu nos dias 3 e 4 de setembro.
O texto lembra que os ataques às pautas territoriais, de gênero, étnicas e trabalhistas são a tônica daqueles que ocupam o poder central da nação, que pregam a naturalização da desigualdade social e da violência como instrumento político. Este pensamento já levou milhões de brasileiros à fome e ao desemprego.
“A cada dia que vamos ao mercado vemos que os preços dos produtos, principalmente dos alimentos, estão mais caros. O dinheiro que antes dava para encher um carrinho de compras, hoje é o que se gasta com as compras emergenciais na mercearia da esquina para, no máximo, alguns dias. Com os remédios acontece a mesma coisa. Mas, o mais grave é que os salários não acompanham as altas de preços e os trabalhadores, a cada reforma, a cada medida do governo, perde mais direitos e mais poder de compra”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “E não me venha colocar a culpa na pandemia, ou na ‘crise’. Os males que estamos tendo que enfrentar tem suas origens nas políticas implementadas pelo governo Bolsonaro, que beneficia o mercado financeiro e os empresários e prejudica os trabalhadores”, completou.
Este é um dos motivos pelos quais a 23ª Conferência Nacional dos Bancários tirou como uma de suas resoluções a mobilização e engajamento da categoria nos atos em defesa da democracia e dos direitos organizados pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo, junto às Centrais Sindicais contra os desmandos do governo Bolsonaro e tudo o que este representa.
>>>>> Leia a íntegra das resoluções da 23ª Conferência Nacional dos Bancários
Neste mesmo sentido, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) emitiu um comunicado sobre as manifestações que acontecerão em 2 de outubro à sua direção nacional, estaduais, ramos e entidades filiadas pedindo para que todos:
A CUT conclui seu comunicado ressaltando que a classe trabalhadora e o povo brasileiro contam com o máximo empenho de cada dirigente, sindicato e entidade sindical para organizar e realizar uma grande manifestação no dia 2/10, que contribua de forma decisiva para derrotar e retirar Bolsonaro e seu governo do poder.