Bancários e bancárias de diversas regiões do país intensificam as mobilizações contra os cortes e por contratações imediatas no banco Bradesco. A sobrecarga de trabalho e a falta de funcionários ocasionadas pela onda de demissões do Bradesco é a atual realidade do banco, que vem submetendo seus trabalhadores e clientes a situações de estresse e degradantes. Mesmo com lucro de R$ 4,113 bilhões, somente no 1º trimestre o banco extinguiu 1.466 postos de trabalho.
“Não existe justificativa para tantas demissões, já que o lucro do banco é exorbitante. Os bancários estão com tantas metas abusivas e consequentemente adoecendo, visto que o banco não está admitindo. Tratam os bancários como máquinas e não como pessoas. Se isso persistir, as paralisações vão aumentar cada vez mais em todo o país”, explica a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Bradesco Sandra Regina.
Demissões levantam suspeitas
O Bradesco garantiu diversas vezes ao movimento sindical que não aconteceria demissão em massa ocasionada pela compra do HSBC. Mesmo assim, os Sindicatos vêm observando o aumento dos desligamentos desde fevereiro de 2016.
Em agosto de 2015, a instituição financeira informou aos trabalhadores que não haveriam cortes. Em reuniões com os representantes dos trabalhadores o banco informou que o volume elevado de desligamentos era atribuído à grande quantidade de saídas por aposentadorias ou por desempenho insatisfatório. Mas, ao que tudo indica, o banco não está cumprindo com o que comprometeu junto ao movimento sindical.
Fonte: Contraf-CUT