que tem por objetivo principal, fazer com que se instaure uma Assembleia Constituinte para rever as distorções em relação ao sistema político nacional. Para se ter ideia, a composição atual do Congresso Nacional, tem três vezes mais membros ligados aos grandes empresários do que aos trabalhadores, assim como representantes da população negra, mulheres, indígenas, LGBT não corresponde ao tamanho dessas populações em nossa sociedade, ou seja, essa estrutura política atual não nos representa. “Por isso que a maioria de nossas reivindicações não são atendidas” afirma Wagner Figueiredo, presidente do Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, responsável pelo sindicato pioneiro na criação do Comitê Local pelo Plebiscito Constituinte em Macaé.
A iniciativa pioneira, deveu-se num primeiro momento, quando das pesquisas anualmente realizadas antes da Campanha Salarial dos Bancários, identificarmos que grande parte dos bancários ainda tinham pouco conhecimento à respeito dos Projetos de Terceirização que tramitam no Congresso e Senado Federal. A partir daí, identificamos no movimento pelo Plebiscito Popular, a ferramenta que necessitávamos no momento, para difundir a ideia da importância da categoria, atentar para a realidade de falta de representação na política e o risco que corremos por conta disso. Conseguimos agrupar diversos atores da sociedade (políticos, igreja, estudantes, sindicatos e sem terras) organizada no intuito de organizarmos o plebiscito na região. Atualmente, juntos, contamos com cerca dezenas de urnas fixas e itinerantes nos municípios de Macaé, Carapebus, Quissamã e Conceição de Macabu que estarão funcionando até o último dia do plebiscito, Os resultados parciais têm sido animadores como imaginávamos
Em relação a Campanha Salarial, os bancários reivindicam o seguinte:
> Reajuste salarial de 12,5%.
> PLR: três salários mais R$ 6.247.
> Piso: R$ 2.979,25 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
> Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, fim da rotatividade, combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PL 4330 na Câmara Federal, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recurso Extraordinário com Repercussão Geral no STF. Além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas. Veja aqui a Carta de Atibaia, manifesto dos bancários contra a terceirização aprovado pela Conferência.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
> Prevenção contra assaltos e sequestros. Cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências. Fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).