Quais os desafios dos trabalhadores, principalmente dos bancários, para 2015?
Nós temos que garantir mais e melhores empregos, fortalecer mecanismos de combate à rotatividade, avançar na melhoria da saúde e das condições de trabalho, na distribuição de renda por meio da melhoria dos salários, na luta por uma aposentadoria digna.
Também precisamos fortalecer o combate ao PL 4330, bem como a luta pelo fim do fator previdenciário, a ratificação da Convenção 158 da OIT que proíbe demissões imotivadas, o fim da política de rotatividade e a regulamentação do sistema financeiro.
É também fundamental atuarmos junto com os demais trabalhadores pela redução da jornada de trabalho para 40 horas sem diminuição de salários e fazer a reforma política, para que possamos acabar com o financiamento privado de campanha, onde os bancos e as empresas financiam e elegem candidatos comprometidos com os seus interesses.
Outro desafio é democratizar a mídia. É inadmissível que o Brasil continue sendo um dos países, onde poucas famílias controlam os meios de comunicação, ao contrário de outras nações que não permitem que famílias, como Marinho e Civita, sejam donas da mídia.
Também precisamos mobilizar os trabalhadores para a redução dos juros, a ampliação do crédito e uma política de investimentos, a fim de se contrapor à movimentação dos bancos e do mercado financeiro. Queremos transformar crescimento em desenvolvimento econômico e social com geração de empregos e distribuição de renda.
Além disso, os bancários e os trabalhadores precisam continuar a se mobilizar para evitar qualquer retrocesso democrático. Temos que defender com muita firmeza a democracia e a participação popular.
Qual é a mensagem que você gostaria de enviar para cada bancário e cada bancária do Brasil?
Quero agradecer, e muito, a participação de cada bancário e de cada bancária nas lutas e conquistas que tivemos, não só na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que é uma das melhores do país, mas também nas mobilizações no Congresso, como o combate ao PL 43330 e na disputa eleitoral, onde o bancário e a bancária não vacilaram na hora de escolher o projeto que melhorou a vida dos brasileiros.
Com unidade e mobilização, esperamos avançar ainda mais em 2015, especialmente no combate às metas abusivas, na melhoria da remuneração e das condições de trabalho e na aposentadoria digna. Mais do que nunca, as mobilizações serão fundamentais para avançarmos na luta por emprego decente, maior distribuição de renda, justiça social e cidadania.
Fonte: Contraf-CUT