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Proposta final dos bancos não contempla sequer aumento real

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Proposta final dos bancos não contempla sequer aumento real
O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta já na mesa de negociação e aprovou um calendário de luta que aponta para a realização de assembleias na próxima quinta-feira, dia 12, em todo país para aprovar greve a partir do dia 19, se até lá os bancos não apresentarem uma nova proposta que contemple as expectativas da categoria.
"A proposta dos bancos é uma provocação, um total desrespeito aos bancários, partindo de um segmento que continua batendo recordes de lucro e de rentabilidade", critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "A proposta não tem aumento real, nem valorização do piso e nenhuma resposta para nossas reivindicações sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades. Isso é inadmissível.". "Só uma forte mobilização da categoria em todo o país fará os bancos melhorarem a proposta", acrescenta Carlos Cordeiro.
 

 

 
PROPOSTA FENABAN REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS
Reajuste - 6,1 % (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.)
PLR - 90 % do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1 % sobre os valores da PLR do ano passado)
Parcela adicional da PLR - 2 % do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88
Adiantamento emergencial - Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo medico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS
Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa
Adoecimento de bancários - Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar causas dos afastamentos
Inovações tecnológicas - Realização, em data a ser definida, de Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.
Reajuste salarial de 11,93 % (5 % de aumento real mais inflação projetada de 6,6 % )
 
PLR: três salários mais R$ 5.553,15
Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese)
Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional)
Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários
Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da adoção dos termos da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação
Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários
Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20 % de negros e negras.
   
 
Calendário de luta
 
Por isso o Comando Nacional, reunido ao final da reunião com a Fenaban, aprovou o seguinte calendário de luta:
 
12 de setembro - Assembleias em todo o país para rejeitar a proposta e decretar greve por tempo indeterminado a partir do dia 19.
 
17 - Todos a Brasília para pressionar os deputados federais durante a audiência pública sobre o PL 4330 no plenário da Câmara.
 
18 - Assembleia organizativa para encaminhar a greve.
 
19 - Deflagração da greve nacional dos bancários por tempo indeterminado.
 

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