com déficit de R$ 11,046 bilhões, colocando o governo ainda mais distante da meta fiscal para o ano.
Com isso, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,52% do PIB (Produto Interno Bruto) em 12 meses até maio, informou o Banco Central na última segunda-feira (30), abaixo da meta para 2014 de 1,9% do PIB, o equivalente a R$ 99 bilhões.
"O mau desempenho fiscal acaba afetando a atividade porque piora a confiança dos agentes econômicos", disse um professor da PUC - SP. E, mesmo com os mecanismos fiscais, os especialistas não acreditam que o governo cumprirá não só a meta de primário neste ano como a de 2015, estipulada em 2,5 por cento do PIB, com "alvo mínimo" de 2%.
Pesquisa Focus do BC mostra que a projeção do mercado é de superávit primário de 1,5 e de 1,9% do PIB em 2014 e 2015, respectivamente.
O BC informou que o governo central (governo federal, BC e Previdência) foi o grande responsável pelo mau desempenho de maio, com déficit primário de R$ 11,073 bilhões.
Com os maus resultados, o BC piorou suas projeções para o comportamento da dívida brasileira neste ano, um dos principais indicadores de solvência de um país. E, caso sejam concretizadas, interromperia a trajetória de queda vista desde 2010.
Agora, a autoridade monetária vê a dívida líquida a 34% do PIB neste ano, acima dos 33,4% esperados até então e considerando o primário de 1,9% do PIB.
Assumindo que superávit primário de 1,5% do PIB, o BC calcula que a dívida líquida fichará este ano a 34,4% do PIB, ante 33,8%.
No ano passado, o indicador havia ficado em 33,6% do PIB.
FONTE: SITE www.noticias.r7.com